Em um grupo, você sempre lida com pessoas de diferentes tipos. Elas assumem
diferentes "papéis" no grupo, de acordo com sua personalidade. Durante um trabalho em grupo ou discussão, os membros do grupo podem desenvolver comportamentos típicos, que são apresentados a seguir de forma simplificada e esquemática.
Os líderes (facilitadores da conversa) devem estar familiarizados com os "tipos"
mais comuns, para que possam responder corretamente e fornecer apoio
adequado.
O indivíduo que adora contar histórias
Sempre traz suas experiências para qualquer situação (seja apropriada ou não), ele
sempre tem algo a dizer sobre todos os problemas.
Ele frequentemente domina com suas opiniões e convicções, sem realmente se
envolver com os outros.
Reação útil:
Ouça atentamente e descubra: o que preenche essa pessoa?
Interrompa o fluxo de palavras resumindo sua contribuição e respondendo assim:
"Entendi você"
(Aqueles que adoram contar histórias costumam falar tanto e sem parar
porque sentem que ninguém os ouve e os entende). Dependendo da situação,
chame a atenção dessas pessoas para a falta de conexão com as contribuições
anteriores dos outros participantes ou para a falta de conexão com o tema - para
ajudá-los a aprender a ouvir melhor.
O tímido
Retira-se, geralmente guarda silêncio (por várias razões: falta de autoestima;
dificuldade em orientar-se rapidamente durante a conversa; sensação de ser
dominado pelos outros). Ele faz, no máximo, uma pergunta de vez em quando.
Resposta útil:
Não pressionar, mas estar consciente desses membros do grupo (manter contato
visual regular para percebê-los conscientemente).
Reagir de forma positiva às contribuições (raramente) durante a conversa, recebê-
las conscientemente para que o grupo possa permanecer nesse ponto.
O rejeitador
O rejeitador frequentemente bloqueia a conversa, vê tudo apenas pelo seu lado
negativo, muitas vezes rivaliza com os outros, diminuindo ou criticando as
contribuições dos outros.
Reação útil:
Colocar-se no lugar dessa pessoa. Procurar e valorizar o aspecto positivo das suas
contribuições. Se isso não ajudar, confrontar essa pessoa com o seu
comportamento no momento apropriado. (Atenção: Não julgar o comportamento,
apenas descrever a própria observação!)
Dar espaço para que o membro do grupo possa reagir a isso.
Levar essa reação a sério, pois ela mostra onde está o problema.
O piedoso
O piedoso não vê problemas e geralmente tem uma citação bíblica "adequada"
pronta na ponta da língua. Ele pode parecer muito autojusto e instrutivo
("legalista") com os outros, mas muitas vezes transmite pouco amor pelos demais.
Reação útil:
Ver o lado positivo, mas questionar criticamente.
Cuidado para que ele não domine a conversa.
Peça aos outros para expressarem sua opinião e impressão sobre o que foi dito:
"Isso ajudou vocês com o que foi dito agora?"
Pergunte se o piedoso também conhece esses ou aqueles problemas - encoraje a
abertura mútua e a honestidade, fortalecendo os "fracos" do grupo.
O oprimido
O oprimido muitas vezes é bloqueado por uma experiência específica que o
impede de participar ativamente. Ele se sente miserável e solitário, busca atenção,
pena e simpatia.
Resposta útil:
Encontre o momento certo para perguntar diretamente: "O que está te
preocupando, o que está te oprimindo?" Leve a situação a sério, direcionando
brevemente (mas com total atenção) o grupo para essa pessoa. Se o nó não se
desatar, talvez seja necessário um acompanhamento psicológico mais prolongado
(inicialmente em uma conversa a dois).
Aquele com iniciativa
Avanço impetuoso, com ideias e planos, pelos quais deseja conquistar o grupo.
Faz perguntas radicais, busca soluções.
Reação útil:
Levar a sério (enxergar o lado positivo), porém
Direcionar para os caminhos do grupo: perguntar aos outros o que acham disso
(mediar entre o iniciativo e o grupo).
Atribuir tarefas e responsabilidades a essa pessoa, para que possa expressar sua
iniciativa.
Importante!
Procure e veja o positivo em todas as coisas. Os diferentes 'tipos' se
complementam mutuamente. No entanto, também podem atrapalhar e
impedir uns aos outros. Como líderes de grupo, é nossa tarefa ajudar uns aos
outros a nos tornarmos 'aliados da alegria'!
Aviso sobre o processamento deste artigo no círculo dos líderes:
Discutam estes documentos e a situação do vosso grupo de jovens, as vossas
experiências com esta situação entre vós no círculo de líderes. Tente encontrar a
atitude correta (tornando-se "colaboradores da alegria") uns com os outros e com
os diferentes membros do vosso grupo de jovens.
Pergunta:
Quais dos comportamentos típicos você reconhece em si mesmo?
Quais encontras nos outros líderes?
Tentem ter uma conversa aberta - porém também pastoral - sobre isso!